25/09/10

Encontro secreto entre Sócrates e Passos Coelho termina por causa de vitela mal passada.

O azedume levantou fervura. Os encontros secretos que José Sócrates e Passos Coelho têm mantido todas as terças e sábados, no galeto, em plena avenida da república, das 18:30 às 21:45, terminaram subitamente. Testemunhos garantem que a cumplicidade já não era a mesma. Os habituais sussurros passaram a vociferações mais ou menos audíveis, a ponto de se ter registado um "merda, o bife vem outra vez em sangue!". O engenheiro não terá gostado da forma libertina e despudorada com que Passos terá andado a propagandear a sua política, sempre de "franja bem arranjada de mais para o meu gosto". Um subtil mas tenso toque de mãos, pernas que se desenlaçam umas das outras, e o fim anunciado foi selado por Passos com um estridente "a sós, nunca mais!".
Agora, resta-lhes o Bairro Alto às sextas, Alfama aos sábados, Santos aos domingos, novamente Bairro Alto nas segundas, Alcântara às terças, Castelo às quartas, Santa Apolónia às quintas e logo, logo, a semana estará aí com a animação necessária para tirar quaisquer amargos de boca (e oh se os há! no que toca a rapaziada, amargos de boca é coisa que mais há! Logo então quando brincam aos policias e ladrões, motivo de tanta imaginação), sem que seja preciso procurar muito.
De Silva Pereira ouviu-se apenas um cínico "assim não dava mais, há que reconhecer".
O barco já espera no cais. Todos se encontram a postos para a partida. Falta a tripulação. Relataram, ao longe, um sequestro. Deve ter sido isso.



Restaurante Galeto, Lisboa.

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