08/10/10

Assim não, coração

Amar assim não compensa!
Fervença, Cabo Ruivo, chumaceiras e bobines,
Tudo me aflige, nem um só lugar me acomoda
Agora que te fizeste esfinge.
Isso, finge, mostra-me a tua boca enorme,
Engole-me de uma só vez,
Arranca do meu peito todo o amor, sem porquês.
Engana-me outra vez.
Por isso, digo, amar, assim, não compensa.
Nem aqui, nem em Florença.


António de Souto Caldeira

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